01 dezembro, 2006
Dia Mundial de Luta contra a AIDS
Os primeiros casos de AIDS foram descritos em 1981 nos Estados Unidos, pelo CDC (Center for Desease Control), um Centro de Controle de Doenças que tem a função de receber notificações, pesquisar, investigar e identificar as diferentes doenças e seus agentes causadores. Uma nova doença estava sendo descrita, que causava uma diminuição drástica da imunidade dos indivíduos, afetando de maneira importante seu sistema imunológico, isto é, as células do sistema de defesa do organismo. Esta nova doença foi denominada AIDS ou SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), não se sabia então qual era a sua causa.
Deu-se então uma grande corrida científica. Dois grandes grupos de cientistas estavam diretamente envolvidos: de um lado Robert Gallo do National Institute of Health (NIH) e de outro lado Luc Montagnier do Instituto Pasteur. Achavam que o causador da AIDS seria um tipo de vírus que provoca câncer entre os seres humanos. Em 1983, Luc Montagnier descreveu um vírus que seria o provável agente causador da AIDS e deu-lhe o nome de LAV (Lymphadenopathy Associated Virus). Em 1984, Robert Gallo descreveu o mesmo vírus e relacionou-o à AIDS ou SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), chamando-o de HTLV-III (Human T Leukemia Virus-III). Em 1985, ele foi denominado pelo Comitê Internacional de Taxonomia de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
A HIV/AIDS se tranformou numa pandemia, isto é, uma epidemia mundial. De acordo com a ONU, em torno de 39,5 milhões de pessoas vivem atualmente com o vírus da AID no mundo. As taxas de infecção e morte pela doença seguem aumentando. Cerca de 2,9 milhões de pessoas morreram neste ano de AIDS ou doenças relacionadas e outras 4,3 milhões foram infectadas pelo HIV. A disseminação é mais pronunciada no Leste da Ásia, Europa Oriental e Ásia Central. A cada oito segundos, alguém, em algum lugar da Terra, é infectado.A aids já matou mais de 25 milhões de pessoas desde que o primeiro caso foi relatado em 1981, tornando-se uma das doenças mais letais da história. E, os números só não são maiores porque tem aumentado também o números de pessoas com acesso ao tratamento, que as mantém vivas por mais tempo.
Nesta quarta, Robert Gallo afirmou nos jornais ingleses que a epidemia de AIDS hoje é uma "tsunami que mata 250.000 pessoas por mês no mundo". O cientista, que se encontra em Roma para um congresso organizado pela Associação Italiana de Luta Contra a Aids, se diz otimista em relação à descoberta de uma vacina para o HIV. "Se estivermos corretos, esta será a última vez em que uma reflexão de 25 anos será necessária", diz ele, sugerindo que a vacina não se encontra tão distante.
Segundo ele, pela primeira vez em muitos anos, é possível ver um caminho até a vacina. "Há cinco anos não havia caminho algum." E ressalta as dificuldades em desenvolver vacinas para qualquer tipo de retrovírus, sendo que o HIV traz dificuldades extras por sua "formidável" variabilidade.Gallo disse também que no momento só é possível falar em "prováveis vacinas". "E todas ainda têm algum problema, nenhuma é perfeita", acrescentou.
No Brasil, a AIDS começou nos primeiros anos da década de 80. Os primeiros casos registrados foram no município de São Paulo e depois no município do Rio de Janeiro. lembro que 1984, foi a primeira vez que ouvi falar da AIDS, mas tudo muito vago. Inicialmente foi apontada como uma doença que afetava prioritariamente os homossexuais e bissexuais, por o vírus ser transmitido pelas vias sexual e sanguínea. Mas os usuários de drogas que compartilhavam a mesma seringa também passaram a ficar doentes e morrer. A única experiência que tive na minha vida com a doença foi nesse grupo. Um primo usuário de drogas morreu porque foi contaminado por compartilhar a mesma seringa. Não acompanhei a sua tragetória pois morava longe dele, mas sei que não foi nada fácil. Por um bom tempo a AIDS ficou mais restrita a esses dois grupos homossexuais e usuários de drogas. Não podemos esquecer que no início da doença, muitos hemofílicos contraíram a doença através das transfusões de sangue.O sociólogo Herbert de Souza, o Betinho e seus dois irmãos, o cartunista Henfil e o músico Chico Mário, perderam a vida assim. Com o tempo houve a obrigatoriedade do sangue doado passar por exames que detectassem o vírus. Com isso os hemofílicos sairam das estatísticas.
Com o tempo a doença, deixou o nicho homossexual e começou a se espalhar entre as mulheres que se relacionavam só com seus companheiros, casadas ou não. O motivo? Os companheiros/maridos tinham casos extra-conjugais e não se protegiam usando camisinha, acabavam pegando o vírus e contaminando as suas companheiras/mulheres.
No último Boletim Epidemiológico divulgado em Brasília, de 1995 a 2005, houve aumento de 134% de casos de AIDS em homens entre 50 e 59 anos. Um dos motivos é que com o aparecimento do viagra muitos homens que já estavam quase que se aposentando da vida sexual, voltaram a ativa mas sem proteção.
Fonte:Aqui
Sugeri este poste por considerar que a AIDS ainda é um problema sério, que muitos insistem em não querer enxergar. O preconceito é feio mas a irresponsabilidade ao transar sem camisinha é pior. Prazer sem camisinha é risco de vida!
Não vou me estender porque tem muitos posts sobre o assunto para vocês lerem.
Participam dessa blogagem coletiva os amigos:
Milton, Cristiani, Dani F, Grace Olsson, RRH 1008, Helena, Leslie, Lena, Jôka P, Tina, Luci&Sandra, C.E.Júnior, Enoísa, Adão, Déia, Cilene, Lys, Guilha, Dolphin Déia, Mércia, Maíra, Bruna, Lila, Cadinho RoCo, Diana, Paty, Carla, Luma, Márcia(Clarinha), Alê, Meire, DO, Janaína, Taia, Deby, Ed, Taner, Flávia, Lino, Mônica, Anny, Regina Simões, Sandrinha, Sérgio,
***A postagem será mais cedo para permitir que os participantes me avisem dos seus postes para eu linkar.
***UPDATE:Amigos, fiquei sem conexão desde as 8h30, só voltou agora às 11h30. Vou linkar os que já postaram. As visitas que não fiz pela manhã, faço à tarde. Visitarei todos que participaram!
***Boa sexta a todos!