11 outubro, 2006
10 anos sem Renato Russo

Monte Castelo
(Renato Russo)
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.

"Não quero mais ficar usando drogas, a ponto de perder o fio da meada. É que nem doce: pode ser bom de vez em quando, mas o excesso é que te faz perder a cabeça. Tudo o que é excesso não presta, como excesso de discos vendidos e excesso de talento, que não é o meu caso. (...)"
Com o Legião Urbana, Renato gravou oito álbuns. Em 1994, o cantor lançou seu primeiro disco solo, "The Stonewall Celebration Concert", que seria seguido por mais dois títulos: "Equilíbrio Distante" (1995) e "O Último Solo" (1997). Com a morte de Renato, o Legião Urbana acabou. Não tinha sentido continuar sem ele, que sempre foi o cérebro da banda. Ele faz falta! Para matar a saudade, o vídeo da música Perfeição, no You Tube.

Minha primeira azaléia vermelha dedico ao Renato esteja ele onde estiver...
*Boa quarta a todos!


