07 outubro, 2006
Soneto da Lua
Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas, e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros ?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me pressa
A alma, que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética e indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!
Vinicius de Moraes
Não pensava em falar sobre a lua hoje, porque a associo a romance. E, com o maridão longe não me estimula. Mas não resisti quando a vi assim linda da minha varanda. Pequei a máquina e comecei a fotografar. O brilho clareava tudo! Depois de alguns cliques resolvi dar um zoom in e o resultado foi...
Esse!!! Só vi essa beleza quando passei as fotos para o computador. Me apaixonei por ela. Lua, ó Lua...
*Recebi um email do diretor Júlio Lellis que me deixou super feliz.
"Prezada Vera,
Acabei de descobrir a sua página verdes verdades e muito me honrou ser objeto direto da notícia do filme sobre a escritora Nélida Piñon.
um abraço afetuoso do Júlio Lellis."
*Em 7 de outubro 1849 morre o escritor americano Edgar Allan Poe, um dos mais cultuados autores de histórias de terror. Alguém viu o filme "O Corvo"? É baseado num conto dele. Bom sábado a todos!